A inteligência artificial vai substituir o arquiteto?
Uma conversa profunda entre Guto Requena e Facundo Guerra despertou ainda mais curiosidade sobre um tema atual, mas bastante incompreendido: inteligência artificial e tecnologia na arquitetura.
Não cansamos de repetir: acreditamos que beleza traz paz, é a sensação de plenitude e tranquilidade que buscamos perpetuar. Selecionamos recortes dessa entrevista entre o arquiteto Guto e o empresário Facundo para sustentar um ponto que defendemos: o humano está, e sempre estará, no centro, e boas coisas acontecem quando essa escala é gentilmente respeitada.
Arquitetura é um modo de pensar focado na resolução de problemas. A inteligência artificial pode ser uma grande aliada na construção de cenários e hipóteses.
Há que se lembrar: antes do tijolo, existe uma vasta infraestrutura tecnológica que se mistura em cada camada. A IA vem com o ímpeto de tornar a arquitetura mais híbrida.
Futuros possíveis são mais importantes do que futuros utópicos. Com IA, gastaremos mais tempo em projeto para uma execução mais limpa e de menor impacto. Novas etapas de projeto que hoje não são praticadas poderão incluir disciplinas como cálculo algorítmico do comportamento de recursos naturais para menor pegada de carbono.
A emergência climática torna arquitetura uma linguagem primordial na compreensão de novos meios de qualidade de vida na cidades. Reduzir o desperdício, flexibilizar materiais, ter mais precisão na engenharia das coisas que não se veem: a agilidade analítica da IA pode facilitar o desenho de uma arquitetura do futuro diferente da imagem imaginária com a qual estamos acostumados. Muito mais sustentável e muito menos high tech.
A tecnologia vai tornar a atuação do arquiteto mais abrangente, um tradutor ainda mais profundo de tempos e comportamentos.
Cruzado com o escopo de incorporação, a potência dessa atuação se torna ainda maior, abraçando outros segmentos. A produção digital abre um campo de pesquisa que olha também para o passado: com a tecnologia acelerando o raciocínio, podemos revisitar técnicas ou saberes ancestrais com biomateriais.
Transferir para a inteligência artificial avaliação dos parâmetros técnicos faz sobrar mais tempo para atividade criativa conceitual. Neste contexto, teremos mais tempo e espaço para criar espaços e produtos mais significativos e belos. Como repetem os irmãos Campana: um dos grandes saberes do Brasil criativo é transformar o ordinário em extraordinário.
Arthur Casas lança coleção Tapajós
Desde que começou a trabalhar no projeto do Conjunto de Ciências da Amazônia, Arthur Casas imergiu fundo na cultura e bioma da região. Inspirado nas sutilezas da floresta, lança agora a coleção Tapajós, uma homenagem aos povos originários repleta de funcionalidade e estética. O sucesso já é tamanho que uma das peças, a Mesa Xamã, já foi premiada pelo EDIDA BR da Elle Décor Awards.
Uma brincadeira com o olhar: o tripé debocha dos sentidos. Mas a vigorosa e inteiriça alma de ferro escondida nas entranhas da Mesa de jantar Xamã tem estabilidade invejável. Um novo sistema de laminação foi desenvolvido exclusivamente para ela, com chanfro duplo na borda, afinando a partir de ambos os lados como uma faca.
Ayahuasca é o novo aparador, ele cimenta a abordagem contemporânea dos ideais modernistas admirados pelo autor, dispostos em equilíbrio para reafirmar a herança identitária do móvel brasileiro.
A mesa de centro Vitória Régia tem peças movediças no tampo e uma altura ligeiramente maior. Com isso, entrega uma versatilidade inédita para este tipo de peça, além da graça de possibilitar layouts sempre diferentes e em movimento.
O conceito de identidade regional se reflete também escrivaninha Jambu. Conheça a coleção Tapajós em nosso showroom na Silva Jardim 120, de segunda a sexta, das 9h às 18h, ou no sábado das 10h às 16h.